LEITURAS

sábado, 21 de julho de 2012

VAMOS DESMASCARAR MENTIRAS

Em 21 de julho de 2012

VAMOS DESMASCARAR MENTIRAS SEM APOIO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
E ASSIM FICARMOS INFORMADOS...
Mentira 1:
O que dizem: As medidas de austeridade são necessárias para reduzir a dívida pública. A dívida pública bruta ascendia a 107% do PIB em 2011.
E agora?: Para o ano de 2012, o Instituto Nacional de Estatística (INE) estima um aumento da dívida para 112,5% (os juros da dívida custam ao país 34 mil milhões de euros).
Conclusão: O plano das “troikas” (externa – FMI,BCE, UE-, e interna que o aceitou – PSD/CDS, PS, PR -) não trouxe nenhuma redução do peso da dívida na economia, bem pelo contrário!
Mentira 2:
As medidas de austeridade são necessárias porque o país está na bancarrota.
Mas quem está na bancarrota são as famílias trabalhadoras atingidas pelo desemprego, pela diminuição dos salários e as reduções nos benefícios sociais; tal como os hospitais, escolas e autarquias, que sofreram cortes brutais nos seus orçamentos; igualmente as pequenas empresas que constituem a maioria do tecido económico do país. Sim, esses estão na bancarrota!
E os outros?: Bem, outros como a banca, ainda há pouco obteve uma gulosa injecção de dinheiro - 54 mil milhões emprestados pelo BCE, a uma taxa de 1% de juro.
Com esses milhões, os banqueiros emprestaram à economia produtiva, investiram em fábricas e equipamentos, fizeram rolar a produção e o consumo? Contribuíram para salvar o resto do país da tal bancarrota? Nada disso.
O que fizeram foi ir ao mercado comprar títulos da nossa própria dívida pública, com taxas de remuneração de 5, 6 e 7 % ... Que belo negócio!
As grandes empresas, na bancarrota? Os lucros da PT em 2011 foram de 339 milhões de euros. A Galp teve uma subida nos seus resultados de 19,5%, a Cimpor de 79%. As receitas das empresas não-financeiras cotadas na bolsa “cresceram globalmente [em 2011], 6,6%, passando de 41,9 para 44, 6 mil milhões de euros”. (jornal Público, 31/3).
Em suma, alguns estão a ganhar milhões com a crise!
Mentira nº 3:
As medidas de austeridade são necessárias porque "não há dinheiro".
Serve de justificação de toda e qualquer medida do Governo. Para muitos de nós, sempre que alguém diz, “o Governo não pode fazer outra coisa: não há dinheiro!”, até parece que ficamos sem argumentos...
Aqui como no resto, temos que tentar ser concretos: Não há dinheiro?
Então por que razão o BPN continua a receber injecções de dinheiro do Estado, ou seja, provindas dos nossos impostos? Depois de o banco ter sido salvo, desde 2008, com uma verba total de dinheiros públicos “que supera os 5 mil milhões de euros”" (DN, 30/3); depois duma reprivatização em condições altamente benéficas para o comprador (40 milhões foi quanto custou a venda ao BIC de Mira Amaral (outra personagem vampiresca!), o governo de Coelho não só mantém os apoios estatais a um banco privado ( 400 milhões de euros por mais 3 anos) como continua seu avalista! “No limite, caso o BIC venha a falhar pagamentos de alguns créditos devidos, serão os contribuintes a entrar com o dinheiro em falta.”
Não há dinheiro? Então por que razão foi aprovado, no Orçamento rectificativo de Abril, o pagamento de indemnizações às empresas que apostaram no TGV?
Porque foi aprovada a continuação do pagamento das despesas relacionadas com esse sugadouro de dinheiros públicos que são as Parcerias Público-Privadas (PPPs)? Porque há contratos assinados, alguns feitos com amigos dos partidos dos governos, quando já se sabia a sua ruina para o País?
Mas com pensionistas e trabalhadores o governo quebra contratos de uma vida inteira, tira salário e reforma, espolia o quanto pode.
Mentira nº4:
O governo agita todos os espantalhos da crise - a insustentabilidade da Segurança Social ou do sistema de saúde até à “desconfiança dos mercados”
Todos os dias se sabem uma nova má notícia: é a redução das baixas por doença, o corte nos subsídios de férias e Natal que se prolongará para além de 2014 ou 2015, é a diminuição das indemnizações por despedimento, o fim das reformas antecipadas, enfim, um sufoco!
Fazem o que lhes apetece; e o que lhes apetece é atacar sempre quem trabalha ou trabalhou e reduzir a pó direitos e conquistas sociais.
Mas não se ouve falar de uma única medida ou lei que toque nos lucros das empresas e da banca, nas mordomias de políticos, deputados e gestores e nos privilégios absurdos dos “boys”.
E com os capitalistas, também, é bem simpático e generoso!
Mas não é essa, afinal, a função de mais um governo ao serviço do vampiresco capital financeiro (e não produtivo)?
Mentira nº 5
O presidente do BCE vem aos "media" dizer que «Portugal está no bom caminho».
E tu, acreditas nesta “encomenda” do Coelho para acalmar os portugueses?
Porquê, estando «no bom caminho» querem impor mais austeridade à maioria dos portugueses?



Com os cumprimentos do,

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josé torres